Degustação

Degustação às Cegas

Publicado em 25 de março de 2021
Atualizado em 01 de abril de 2023
Tempo de Leitura 3 mins. de leitura
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A degustação às cegas consiste em realizar provas de vinhos sem saber informações sobre o que está sendo degustado. Desde o WSET 3 a degustação às cegas já é avaliada. Já o nível 4 exige muito mais do aluno, com maior número de vinhos e mais detalhes na descrição. 

Degustação às cegas de sucesso

Os sentidos aguçados, a atenção aos detalhes, bem como, a experiência são fatores-chave para concluir sobre uva, região, idade do vinho, qualidade (independente dos seus gostos pessoais) e até mesmo arriscar o produtor. Não é mágica, também não ocorre da noite para o dia, e a sorte às vezes pode ajudar, mas ela não se sustenta por muito tempo. 

Dicas

Como podemos entrar nesse mundo das degustações às cegas e evoluir no tema? Confira algumas dicas:

  • Definir a sua metodologia a fim de guiar seus pensamentos, para fazer uma degustação mais precisa, sem desvios de atenção. Por exemplo, criar uma ficha técnica com as características do vinho: visual, aromas, sabor, qualidade e conclusão é um belo começo. Use assiduamente, dessa forma com o tempo cada ponto a ser analisado já vai estar cravado na sua mente, vá preenchendo na ordem para não se perder.
  • Realizar provas comparativas e conhecer os clássicos, veja alguns exemplos:
    • Chablis x Chardonnay Novo Mundo
    • Prosecco x Champagne x Cava
    • Viognier: Rhône x Austrália
    • Xinomavro (Grécia)
    • Tannat (Uruguai)
    • Malbec (Argentina)
    • Carménère (Chile)
    • Furmint (Hungria)
    • Touriga Nacional (Douro)
  • Analisar o grau de maturação da fruta, álcool, taninos e acidez, podem ajudar a definir o clima de origem: é quente ou frio? 
    • Em alguns vinhos é mais fácil acertar a região do que a uva, principalmente quando se trata de blends como os do Rhône, castas desconhecidas, de países pouco comuns ou uvas indígenas, como as de Portugal e as da Itália, por exemplo. 
    • Em outros casos, acertar a uva é mais fácil que a região, como nos exemplos clássicos varietais: Sauvignon Blanc ou Cabernet Sauvignon (presença forte da pirazina), Riesling (acidez crocante), Syrah (pimenta preta derivada do composto rotundona), Merlot (taninos firmes e macios), Gewurztraminer (aromas terpênicos de Licha e floral)…
  • Levar o raciocínio para um processo de eliminação, também pode ser uma boa tática. Exemplo: não pode ser Riesling por não ter alta acidez e ser muito encorpado, não pode ser um blend bordalês porque a nota de pimenta é muito evidente e por aí vai.

Mais dicas para você se tornar um expert em degustação às cegas

  • Após supor a uva e a região, outro ponto muito importante é identificar a idade do vinho. A cor pode ajudar a supor, porém uma série de fatores podem interferir no aspecto visual, como técnica de vinificação, altas temperaturas no transporte, etc, por isso as análises olfativa e gustativa contam mais: é imprescindível analisar notas primárias, secundárias e terciárias.
  • Conhecer as características climáticas de alguns anos dos locais clássicos pode ajudar na definição da idade: Bordeaux, Borgonha, Mendoza, Rioja, Stellenbosch, Douro, Alentejo, entre outros. Saber os locais que tiveram safras extremas: muito frio ou muito quente é relevante.
    • Muito frio: corpo magro, alta acidez, menos álcool, frutas frescas.
    • Muito quente: mais encorpado, mais álcool, frutas maduras e concentradas, acidez mais baixa.
  • A experiência conta muito na definição da idade, no que tange o entendimento de como certas uvas/vinhos de determinada região evoluem: mais rapidamente ou mais lentamente?
  • Participe de degustações! Conhece o Clube On Off Wine? É uma oportunidade interessantíssima de degustar os vinhos às cegas.

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